FELICIDADE E ESG

No seguimento de uma Bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian, terminei recentemente o programa para executivos em “Sustainable Finance: Green and Climate Finance”, no ISEG – Lisbon School of Economics & Management, com enfoque em #ESG (sigla para Environmental, Social, Governance), um conjunto de boas práticas ambientais, sociais e de governança/ ética para as empresas – o hot topic do momento! Paralelamente, concluí os cursos “Foundation of Happiness at Work” e “The Science of Happiness”, ambos da University of California, Berkeley, e “Happiness Coaching”, da Happiitude Global.
Comecei a pensar em que medida os temas de #ESG e da #Felicidade podiam interligar-se. A Felicidade, na verdade, é transversal aos três critérios ESG.
Os critérios ambientais (#Environment) avaliam o impacto ambiental das empresas, nomeadamente os seus esforços no que toca ao seu desempenho na redução de desafios como a biodiversidade, as emissões de gases com efeito de estufa, recursos hídricos, etc. Empresas que provem ser mais eficientes a nível ambiental contribuem diretamente para um planeta melhor e mais feliz.
O critério mais óbvio seria o #Social, pois avalia a relação das empresas com os seus trabalhadores, a comunidade e a população em geral, refletindo os valores corporativos e a sua estratégia, nomeadamente ao nível das condições laborais, saúde e bem-estar, segurança, igualdade, etc. Ora todos estes aspetos contribuem incontestavelmente para termos trabalhadores, comunidades e cidadãos mais felizes.
Ao nível da #Governança, avaliam-se os mecanismos de decisão, a ética, as responsabilidades dos gestores e equipas executivas. É evidente o impacto deste critério no bem-estar e felicidade dos colaboradores.
Ao contrário do que se possa pensar, a felicidade é uma opção, algo que – também – tem de estar embrenhado na estratégia das empresas e não um conjunto de ações que se realizam esporadicamente para alegrar os colaboradores, pois o seu impacto é momentâneo. A Felicidade nas empresas quer-se abrangente e que integre a estratégia, através de uma liderança positiva, com propósito, em que os colaboradores estão alinhados com os valores organizacionais, em ambiente positivo de inclusão, equidade, diversidade, etc.
Segundo Dacher Keltner, Ph.D., especialista em #CiênciadaFelicidade e fundador do Greater Good Science Center, da Universidade da Califórnia, são vários os estudos que comprovam que a felicidade corporativa impacta positivamente em diversos desafios das empresas: o stress e o burnout, o descomprometimento, os resultados financeiros, a incivilidade e os conflitos, custos com saúde e acidentes no trabalho.
Acredito que integração dos #ESG e da #Felicidade na estratégia das empresas poderá contribuir para que estas sejam catalisadores ativos de mudanças rumo ao #desenvolvimentosustentável.